Quem tem mais de trinta ou quarenta anos, provavelmente deve lembrar do desenho animado “Os Jetsons”.
A série de desenhos animados produzidos pela Hannah Barbera na década de 60 e depois relançada com novos episódios na década de 80 mostra uma família que vive no ano de 2062, em um mundo com diversas inovações tecnológicas, fazendo uma sátira (ou seria uma previsão?) como seria o futuro com várias invenções utópicas para a época.
Ainda não estamos no ano de 2062, mas já estamos mais próximos do ano em que se passava a série, do que do ano em que foi criada. Tanto no tempo espacial, como no tempo em termos de novidades e tecnologias.
O legal é que algumas das invenções/previsões feitas no desenho se concretizaram, estão disponíveis para nós hoje em dia e outras ainda podem acontecer no futuro. Mas o mais curioso é que algumas das novidades previstas para 2062, já estão obsoletas para nós, hoje em 2021.
Mas deixando os Jetsons de lado, o que há de inteligência artificial e automatização nas casas mais modernas atualmente?
O que é inteligência artificial?
É a tecnologia que permite que as máquinas se tornem mais autônomas, que executem funções de acordo com o que foi programado, mas sobretudo que aprendam por conta própria de acordo com gostos, preferências, usos e atitudes do próprio usuário.
Ou seja, a inteligência artificial aprende, pensa e toma decisões por nós.
Como a tecnologia e inteligência artificial estão presentes em nossas casas
Em muitas casas no Brasil e no mundo, eletrodomésticos, energia elétrica e até mesmo sistemas hidráulicos estão conectados via internet, onde através de aplicativos, pode-se dar comandos para sua residência a milhares de quilômetros de distância.
Até mesmo por meio de comando de voz, é possível acender e apagar luzes, trancar a casa e preparar um café ou um banho quando se está chegando à casa.
A Alexa, aparelho desenvolvido pela Amazon, que é capaz de conectar toda a parafernália tecnológica em um só lugar, conversa com você e é capaz, por exemplo, de te lembrar de ler as últimas notícias ou de avisar que as luzes da cozinha ficaram acesas.
Segundo a agência global de tendências WGSN, casas maiores e mais tecnológicas poderão em breve ter até 500 dispositivos ligados à internet, que é o que chamamos de Internet das Coisas.
O que já é realidade
- Comandos por voz em diversos eletroeletrônicos como TVs, sistemas de som bluetooth, smartphones, tablets e notebooks.
- Aspiradores de pó portáteis que funcionam de forma autônoma
- Sistemas de alarme e câmeras de segurança
- Portões que se abrem com a aproximação do carro do dono da casa
- Fechaduras com leitura de digitais ou de íris
- Escolhas que fazemos segundo nossas preferências, no Google, YouTube e Netflix, por exemplo.
- Aplicativos de rotas que armazenam os endereços frequentes e facilitam nossas buscas.
O que está por aí, mas ainda não é muito comum
Cortinas elétricas em casa são acionadas por meio de controle remoto, mas assim como tantos outros itens tecnológicos também podem ser conectados à internet e ter o seu controle feito por aplicativos, tendo até mesmo como programar seu horário de abertura e fechamento.
Sistemas de irrigação domésticos, que podem ser controlados à distância, ligar a máquina de café ou de fazer pão quando você ainda estiver dormindo. Você já vai acordar com o cheiro do café e pão fresquinhos.
Encher a banheira de água quentinha quando você estiver se aproximando de casa, gerar uma lista de compras automática de acordo com o que está faltando no armário ou na geladeira.
Casas tecnológicas são desperdício de dinheiro ou necessidade?
Por enquanto, ter uma casa totalmente automatizada e interligada é necessário que todos os aparelhos se conectem a uma central única e “conversem” entre si, via wi-fi e isso não é barato, mas é um mercado em franca expansão em todo o mundo.
Mas independente do julgamento se ter todo esse aparato tecnológico interligado é necessário ou excentricidade, não há como negar, que essas inovações facilitam muito a vida das pessoas, principalmente aquelas com alguma necessidade especial.
De tudo o que a engenharia e a ciência da computação vêm estudando e desenvolvendo nos últimos anos, têm surgido soluções de acessibilidade a milhares de pessoas com alguma limitação física.
O próprio comando de voz que é útil para pessoas que tem limitações nos movimentos de mãos e braços, indicadores luminosos nos aplicativos para mostrar a pessoas surdas que tem alguém à porta, prateleiras que deslizam para baixo para serem acessadas por pessoas que não a alcançam.
Enfim, com tanta tecnologia interligada via internet que facilita a vida de tanta gente, o próximo desafio é que os sistemas de segurança de rede mantenham o sigilo e a privacidade dos usuários dessas novidades.