O modo como nos locomovemos, possui um impacto maior do que naturalmente conseguimos ponderar no nosso dia a dia.
Para pessoas com de deficiências físicas ou que possuam mobilidade reduzida, esse é um assunto de extrema importância e por isso e por isso um dos itens de maior relevância é a plataforma de acessibilidade.
A ampliação da acessibilidade, pela sociedade, para uma adequação de todos os espaços, traduz a forma que o local prioriza o seu desenvolvimento e, como a inclusão se dá de forma prática – e não apenas com uma exigência em respeito às leis.
Alguns locais, precisam de adaptações que vão além das construções de rampas. Seja pelo espaço disponível ou pela facilidade e comodidade que oferece para os usuários, a plataforma de acessibilidade facilita o deslocamento, sem constrangimentos, para quem a usa e assim, contribui para uma maior igualdade.
Conheça algumas instalações adaptadas
A ABNT criou em 1985, a Norma Regulamentadora Nª 9050, que dita as diretrizes quanto às condições que a acessibilidade deve incluir.
Em suas determinações constam os seguintes itens, que devem ser analisados e seguidos como padrões específicos, para construções e alterações de espaços:
- Banheiro acessível;
- Plataforma elevatória acessibilidade;
- Desenho universal;
- Adaptação ou remoção de barreiras arquitetônicas, que são qualquer estrutura natural, edificada ou instalada,
- que impossibilite a locomoção, circulação e transferência no local;
- Características de pisos e materiais utilizados;
- Rampas de acesso para cadeirantes e utilitários de aparelhos apoiadores;
- Sinalizações;
- Espaços que atendam a demanda de larguras das cadeiras de roda;
- Estacionamentos;
- Acessibilidade comunicativa;
- Tecnologia assistida – técnicas, processos e dispositivos, que auxiliam na reabilitação e na melhora da
- qualidade de vida, capaz de fornecer mais independência e autonomia para quem faz uso.
A plataforma de acessibilidade para cadeirantes vertical, é indicada para locais com escadas, mezaninos ou em que a passarela seja inviável, como local para locomoção.
Com instalação para ambientes internos e externos, o funcionamento se dá por acionamento de botões. O sistema de funcionamento é hidráulico ou à tração eletromecânica.
A legislação atual exige, para liberação do uso de imóvel comercial ou renovação de licença para funcionamento, que o local apresente padronização em todos os itens, quanto à acessibilidade que descreve a Norma Regulamentadora.
O elevador plataforma para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida, já é bem utilizado em residências, comércios e indústrias.
Projetados para não criar grandes necessidades de instalação e manutenção, nem alteração na construção já existente, suas especificações quanto ao tamanho, podem facilmente sofrer adaptação para a arquitetura do local onde se exige instalação.
Coloquemos neste ponto que, para muitos leigos no assunto, parece que as existências de rampas, já é suficiente para o acesso e acabam colocando a plataforma para cadeirante como segunda opção.
Mas o engano é grande. As rampas que se adequam à Norma Regulamentadora Nª 9050 são ótimas para cadeirantes mas, pessoas com mobilidade reduzida e que fazem uso de aparelhos de apoio, apresentam dificuldades em se locomover nesse tipo de local.
A plataforma de acessibilidade residencial ou presente em comércios e indústrias, é conectada a tomadas geralmente de 220 v, com um consumo elétrico considerado baixo.
Com a instalação de nobreak, em conjunto, a falta de energia pode ser suprida quando houver quedas, evitando situações de emergência e não limitando o ir e vir dos usuários.
Entenda os detalhes desse universo
Os licenciamentos municipais expedidos para a execução de obras, são fiscalizados pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia, o CREAS.
Que possuem material que orienta os profissionais responsáveis e disponibiliza manuais de acessibilidade, baseados nas normas regulamentadoras da ABNT – que é bem clara quanto aos princípios de acessibilidade universal.
O controle também se dá pelas Anotações de Responsabilidade Técnica, o ART, que o projeto deve manter – apresentar antes do início das obras o certificado de acessibilidades, é a maneira de comprovar que as adaptações ou que as construções, estão seguindo os parâmetros exigidos.
Compreender e interpretar, não só a norma reguladora mas, as leis e decretos que a complementam, pode exigir o acompanhamento de mais de um profissional da área, mas é importante direcionar o pensamento à essa necessidade, como uma forma de investimento para o seu projeto.
O não cumprimento de parâmetros, quanto à acessibilidade, pode acarretar em multas, processos judiciais e possíveis perdas de clientes.
Eliminar barreiras, com o intuito de promover maior locomoção, adaptação, autonomia e facilidade para deficientes físicos e pessoas com mobilidade reduzida, vai além de tornar um ambiente acessível, a inclusão é fazer o outro parte daquele espaço, da forma mais completa possível.