Diariamente, as atividades humanas produzem uma série de lixos e resíduos, que são chamados de efluentes. Estes detritos são divididos em dois tipos: efluentes industriais e efluentes domésticos.
Boa parte desses efluentes, volta à natureza e precisa de tratamento para não gerar impacto ambiental negativo. O tratamento de efluentes é um processo essencial para proteger o solo, mares, rios e lençóis freáticos dos poluentes.
Efluentes não tratados, podem gerar grandes danos ao meio ambiente, como é o caso do rio Tietê. O rio que corta a cidade de São Paulo, foi contaminado por efluentes domésticos e industriais ali despejados.
Segundo a SABESP, empresa de água e saneamento básico do Estado de São Paulo, já foram gastos mais de 8 bilhões de reais desde de 1992, com as tentativas de despoluição do rio, que ainda não tiveram êxito.
O mau cheiro e a inutilidade do rio, são resultados do despejo de dejetos que persistem até hoje. As falhas no processo de tratamento de esgoto, prejudicam o meio ambiente e geram risco direto à vida humana.
Principalmente através da transmissão de doenças, como hepatite A, febre amarela, malária e cólera, por exemplo. Doenças estas que podem ser passadas para outras pessoas próximas.
Haja vista a importância do tratamento de efluentes, vamos entender como funciona este processo que se divide em duas grandes fases: a fisio-química e a biológica.
A primeira, retira os contaminantes através de reações químicas, que separam o líquido do sólido, preparando a água para a próxima fase do procedimento.
A segunda, por sua vez, usa bactérias e microorganismos que consomem a matéria orgânica poluente. A fim de evitar contaminações e outros problemas.
Como nas aulas de ciências
Para entendermos melhor como estes processos acontecem, precisamos saber o que acontece numa estação de tratamento de efluentes (ETE). Ali, o grande objetivo é diminuir as quantidades de poluentes antes de devolvê-lo à natureza.
Dentro de uma ETE, os dejetos passam por cinco etapas: pré-tratamento, tratamento primário; tratamento secundário; tratamento do lodo; tratamento terciário.
No pré-tratamento, o objetivo é fazer a separação de sólidos, retirando os efluentes todos os materiais grandes, que podem danificar o maquinário ao longo do processo.
O tratamento primário, é a etapa onde ocorre a fase físio-química. Em seguida vem o tratamento secundário que dá início a fase biológica.
A quarta etapa é o tratamento do lodo, que se faz necessário porque ao longo das etapas anteriores, ele se formou como resultado da remoção da matéria orgânica, presente no esgoto.
Já o tratamento terciário, permite que o efluente seja reutilizado para fins não potáveis, como para limpeza de ruas. Assim como a fossa séptica, muito utilizada em zonas rurais ou de difícil acesso ao tratamento de esgoto.
Atualmente existem ETEs compactas, que podem ser utilizadas para tratamento de esgoto sanitário de residências, hotéis, condomínios e centros comerciais.
Como executam todo esse processo de tratamento de efluentes em grande escala, as estações de tratamento precisam sempre passar por manutenção, da mesma forma que a limpeza de fossa se faz necessária, para assim garantir sua efetividade.
Cuidados domésticos
Sabendo dos riscos que os efluentes não tratados, podem representar ao meio ambiente e a você, é importante tomar alguns cuidados em sua residência para evitar problemas.
Principalmente, se estiver realizando alguma obra próxima à tubulação de esgoto. Conheça alguns cuidados necessários para sua casa:
- Tenha uma planta da sua residência;
- Fique atento a vazamentos;
- Trate os entupimentos;
- Se houver mau cheiro constante identifique a origem;
- Fique atento a tubulações danificadas;
- Entre em contato com a empresa de saneamento de sua região.
Esteja sempre atento(a), faça manutenção de rotina na rede de esgoto de sua casa e desobstruir a tubulação. Afinal, o bom gerenciamento de obras residenciais pode lhe poupar problemas e desgastes.
E agora que você sabe como funciona o processo de tratamento de efluentes, pode perceber o quão importante ele é e como manter a segurança de sua casa de forma ecologicamente correta.
As fases químicas, físicas e biológicas pelas quais os efluentes passam para retirada de poluentes, permitem que eles retornem à natureza sem causar impactos ambientais negativos.
E uma vez que os resíduos e lixos são produzidos por nós, nos cabe também o papel de impedir que eles voltem ao meio ambiente, sem tratamento adequado. Realizando os cuidados e tarefas necessárias.